sexta-feira, 25 de março de 2016

Chove

Chove amor aqui no centro do largo dezoito horas
de saudade de mel e pinhões sob os mamilos inquietos
como é gostosa a casa quando chove e as horas passam
tristes e doces saudades de esperança que agosto seja já
posso ler um romance e avançar da tardinha com o chá de
cidreira tantos livros e autores novos por descobrir em toda
a terra, terra ajardinada do teu corpo de égua jovem, os meses
vão passar rápidos com Deus nos seus princípios e Lisboa é
a catedral do tempo, da palavra de mel no teu pescoço, procuro
o seio e a noite cai mais cedo, chove a verdade que arrepia a trovoada
há raios no ar, amor

José Gil

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