quarta-feira, 30 de março de 2016

Sei seio claro na avenida

(à minha esposa linda e jovem dez anos depois, Solange)


num lago de uma lágrima contínua de saudade e solidão com asas pesadas
qual pelicano em Punta Dell Cana e um bico em direcção ao norte das costas
em costelas dolorosas de nervoso branco de outono, amo-te há dez anos no
circulo mais apertado das ruas só procuro como chegar ao outro lado do 
oceano se o celular mudou - quero a tua voz de amor em cada número trocado
no macio bico das aves de Valparaiso, que rua descer ou subir para descobrir
como são claras as viagens  em todos os continentes, onde iremos depois da
doença a que cidade, floresta ou lago de enamoramento

José Gil

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