quinta-feira, 3 de março de 2016

Não sei precisar o tempo

(à minha mulher linda em tarde de Sol de verão na Damaia)

não sei precisar o tempo de amadurecer um poema
sei contudo o tempo breve das tuas pernas nas minhas
voamos   o tempo constrói o templo feminino das águas
livres como o mel das boas gestoras das abelhas em cada
favo dourado aberto ao sol do paraíso, alguém canta jazz
no café da esquina ao vento   a tardinha de Florbela na Amadora
e tento dar-te a mão na calçada para casa

José Gil

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