(à minha mulher linda em tarde de Sol de verão na Damaia)
não sei precisar o tempo de amadurecer um poema
sei contudo o tempo breve das tuas pernas nas minhas
voamos o tempo constrói o templo feminino das águas
livres como o mel das boas gestoras das abelhas em cada
favo dourado aberto ao sol do paraíso, alguém canta jazz
no café da esquina ao vento a tardinha de Florbela na Amadora
e tento dar-te a mão na calçada para casa
José Gil
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