quarta-feira, 30 de março de 2016

Poema de amor 1001

(à minha esposa linda dez anos de enamoramento e poesia)

caí a pedra no lugar da lágrima do amor, chove muito lá fora,
e sinto a lâmina do frio do silêncio   por amor vou construindo
a muralha do oceano que nos divide é um lençol em fino linho
cor de pele muito aprimorado como o Castelo de S. Jorge a
olhar o Tejo

tudo brilha azul em cada questão do enamoramento, não há sol
nesta manhã quebrada sobre o Parque verde Eduardo VII e o
sofrimento dos amantes no inicio do outono com os ossos frios
a cegueira da memória das cerejas e das ginjas no celular avariado

José Gil

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