quarta-feira, 27 de julho de 2016

Guerreiro Alquimista

(A meu grande amor revisto de 2013)
 
Estou preso, é para bater na testa, as mãos algemadas.
Estou cego sob a lua da música do guerreiro alquimista.
Bate o arco da bravura onde a coragem está presa da anona,
Fruta do Conde para beijar na boca, devo estar a sonhar.
Avanço pelo caminho, quero caminhar junto ao oceano
Todos os  dias antes do sol nascer, o fogo abre o sentimento
Frágil no doce olhar da venda
 
Solta as mãos para dançar, minha Pina Bausch, solta a venda, bate no crânio
Até à Pedra Viva, bate a astúcia de saltar, construir o corpo,
Recupera o poder no corpo livre da manga doce do beijo
 
Entre Birre e a Torre nascemos devagar sem a estranheza de Minas
 
Já não estou preso, tenho a flor do frio da esperança – a angústia
 
Ainda não há o movimento pessoal – liberta as amarras do conforto,
Vibra o primeiro passo na água salgada
 
Ainda fica a pergunta: quem vai dormir comigo o corpo em fogo?
 
O medo mora comigo, Cascais abre-se como vila clara
 
José Gil

Sem comentários: