sexta-feira, 8 de julho de 2016

Poema de amor

à minha mulher eterna, Solange

o poema está a ser magoante
no corpo lívido e raro, a 
afirmação da palavra fica no raio
quadrado à hipótese do sujeito estético
magoante, à noite em que o poema se prolonga

nada para dizer na folha curva
quem foge não foge, dói e canta.

José Gil

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