(Às mãos lindas do
meu amor nos seios, Solange)
as mãos não precisam de flores,
têm pétalas
dos dedos escorregadios
onde nasces,
seguro-te a
mão – traz muito pó das obras da rua
mesmo em
frente ao poema, mas o calor das mãos
passa entre os dedos das janelas
com o pó da ama - olho a tristeza da sombra
e do
anoitecer, abraço-te com o último amargo doce
não
tenho estratégia, o poema derrete este
chocolate nas tuas costas de
abraço, dobra não tenho plano, trago
o papel e rendo-me à flor
apenas um lírio vermelho e os dedos
e as ancas únicas como
a primeira vez na fatal linguagem do desejo,
são ambas no presente, enterneço e sinto,
as mãos não precisam de flores,
têm pétalas
dos dedos escorregadios
onde nasces,
seguro-te a
mão – traz muito pó das obras da rua
mesmo em
frente ao poema, mas o calor das mãos
passa entre os dedos das janelas
com o pó da ama - olho a tristeza da sombra
e do
anoitecer, abraço-te com o último amargo doce
não
tenho estratégia, o poema derrete este
chocolate nas tuas costas de
abraço, dobra não tenho plano, trago
o papel e rendo-me à flor
apenas um lírio vermelho e os dedos
e as ancas únicas como
a primeira vez na fatal linguagem do desejo,
são ambas no presente, enterneço e sinto,
tremo
e falo em linguagem gestual corpo a corpo.
José Gil
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