quarta-feira, 13 de julho de 2016

Poema de amor

(A meu amor com saudades de Agosto na Damaia,
 Solange amor maior)
 
coloco os coentros ao sol como eu 
nos bancos do jardim da praceta 
antes de subir a escadaria de pedra 

fugi dos carros para as cenouras e 
os pepinos – estraga-me a auto-estrada,
não é lenta como o amor, fico assim 
com o meu sol o grito interior 
e o grito exterior e a respiração do 
pinheiro quente e do musgo ainda 
perto "da lareira" por dentro da folha de papel 

de mansinho digo: dobra-te só este sol, encanta 
os peões como as palavras pequenas 


José Gil

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