terça-feira, 26 de julho de 2016

Poema de amor

(A meu amor todos os sábados)
 
Almas gémeas, corpo espelho, traz a barra e a torre
Deixa passar no fogo do corpo a espada do guerreiro,
A lua tida como começo do paredão, caminha bravo,
Avança pelas horas até à Catedral e sente a pele.
No lugar dos barcos o coração da areia levanta as velas,
Regressa ao sol pelos lábios, de Birre ao Guincho trago
A bússola e o mapa, só namoro o princípio do verbo doce
 
Oiço nos lábios os mamilos, os seios no peito, a língua,
Faz a luz na raiz inicial, Cascais tem o céu muito azul
Aos passos do beijo demorado
 
Guerreiro cada vez mais reconciliado com o oceano
 
Parto com o giz a lousa, a pedra a ardósia e a tua mensagem
 
José Gil

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