quarta-feira, 20 de julho de 2016

Poema de amor

(à minha namorada viva, Solange)


Um simples abraço de vocabulário, cai a chuva na casa
A pedra solta, a telha do teu colo, do teu coração
Vegetal e cristalino. Que animal somos na mancha negra
Do teu corpo branco rosa, negrinha minha, amor de água corre
Em Janeiro de namoro pela palavra diária, vício incansável
De escrever todo o corpo várias vezes, graffiti no muro da casa,
Tatuagem nas pernas, coxas  e depois à volta do umbigo sensível e
Fresca a fresta do absurdo silêncio, cavalgo a galope só a respiração e o gemido
Consentido na floresta negra



José Gil

Sem comentários: