Um simples
abraço de vocabulário, cai a chuva na casa
A pedra
solta, a telha do teu colo, do teu coração
Vegetal e
cristalino. Que animal somos na mancha negra
Do teu
corpo branco rosa, negrinha minha, amor de água corre
Em Janeiro
de namoro pela palavra diária, vício incansável
De escrever
todo o corpo várias vezes, graffiti no muro da casa,
Tatuagem nas
pernas, coxas e depois à volta do umbigo
sensível e
Fresca a
fresta do absurdo silêncio, cavalgo a galope só a respiração e o gemido
Consentido na
floresta negraJosé Gil
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