quarta-feira, 13 de julho de 2016

Poema de amor

(Dedicado a  “por vezes a lareira”  de José Félix 
e a meu amor grande, Solange)


Em Dezembro,”por vezes à lareira” 
na manhã cedo 
da alma inteira, o homem 
no homem das emoções 
profundas rente à parede 
num desassossego de angústia 

vago luar ainda nos sonhos 
desta noite, entre a solidez 
das cerejas destruíram a falta 
de afecto como a tarde de 
sol, batendo no outro sol do 
desassossego do poema 
no cuidado do limador que 
comigo escreve sem metafísica 
no interior da sombra dos teus 
seios íntegros de Inverno,
numa linguagem requintada de 
tantos beijos, olho-te e 
só vejo os seios da terra trabalhada 
como o relógio do 
descanso – vivo na realidade interior, 
fascina-me a minha mão,
a tua mão agora na rocha e na escarpa, 

vamos subir 

José Gil

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