Escrevo como quem atravessa
a pele das tuas asas,
a pele das tuas asas,
as pernas abertas e rápidas de
gazela selvagem, procuro-te para
um trabalho de hortelã e mel,
bate as tuas asas nas minhas,
é Lisboa e
sinto-as sagradas de luzes
Sonho-te noutro lugar em tudo
o que me ficou dela,
O meu instinto, o meu exílio, mais
nada posso dizer.
Falta-me o cílio, a pedra dura.
um trabalho de hortelã e mel,
bate as tuas asas nas minhas,
é Lisboa e
sinto-as sagradas de luzes
Sonho-te noutro lugar em tudo
o que me ficou dela,
O meu instinto, o meu exílio, mais
nada posso dizer.
Falta-me o cílio, a pedra dura.
José Gil
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