quinta-feira, 14 de julho de 2016

Poema de amor

Escrevo como quem atravessa 
a pele das tuas asas,
as pernas abertas e rápidas de
gazela selvagem, procuro-te para
um trabalho de hortelã e mel,
bate as tuas asas nas minhas,
é Lisboa e
sinto-as sagradas de luzes 


Sonho-te noutro lugar em tudo 
o que me ficou dela,
O meu instinto, o meu exílio, mais
nada posso dizer.
Falta-me o cílio, a pedra dura.

José Gil

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