escrevo-te em silêncio, como um pássaro em voo na pomba
as palavras são doadas, como um Deus moço
as palavras são doadas, como um Deus moço
as mãos conhecendo o sentindo sentido das pernas de alto a baixo
só os dedos perdidos no chão chã do cabelo
a ansiedade toma-me vivo e choro nas paredes, a saudade
da casinha foi por destino do barro cinzento junto
à linha, coração urgente, logo de manhã que
medo e o sol vai dourando, o meu coração viu
depois no teu colo negro a cruz, fui ter à mesa o teu
copo de vinho nas tábuas deste meu fado e choro
como uma túlipa junto ao corpo e é corpo duro seu
olhar, eu te acompanho sempre da lua e do luar
José Gil
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